sábado, 14 de julho de 2007

Estrada da vida

Na estrada da vida Nada somos, Nada temos, Nada podemos. A menos que tentemos, Nada pareceremos, Nada alcançaremos. Na estrada da vida, Temos somente a certeza do incerto Temos somente a certeza do que não queremos Temos somente a lembrança do que já perdemos. (Jo Paim) ®

Um homem

Um homem, Que sabe ser homem quando preciso de carinho E sabe ser grande quando preciso de ajuda. Um homem Que sabe ser doce quando preciso de ternura E sabe ser menino quando preciso de aventura. Um homem Que sabe ser amigo quando preciso de compreensão E sabe ser amante, quando preciso de atenção. Um homem, Que está sempre presente, Que está sempre na frente, Que está sempre comigo. (Jo Paim) ®

Morte Minha

Vem morte, Faz de mim uma lembrança. Sossega a minha alma entristecida Pela perda do meu amor mais verdadeiro, Que se foi e levou minha paz. Vem, Faz-me esquecer a felicidade sentida E os momentos que a fizeram cessar. Deixe no mundo somente as marcas Daquilo que já foi o mais importante E, somente por isso, mereceu acabar. Vem, E me faz perdoar a angustia Dos que nunca sentiram o amor verdadeiro E, por isso, não o aceitam, Sem tentar deturpar. Vem morte, Não me deixa sofrer tanto assim, Pois os momentos felizes deixaram suas marcas Mas o meu coração não consegue encontrar. Despedaçado, doído e abafado. Sentindo somente a tristeza Deixada no grito calado, Do beijo que ficou congelado E do abraço apertado Que jamais voltará a partilhar. Vem morte, Tira-me desta vida, Pois sem amor não se vive, Somente se sabe chorar. (Jo Paim) ®

O sono do meu amor

O meu amor dorme, Enquanto eu sonho. Sonho com nossos dias Com nossas noites de amor. O meu amor dorme Enquanto eu choro Choro por sua falta Choro por minha dor. O meu amor não despertou Partiu para longe de mim Em seu refúgio eu me escondi Na sua ausência eu me perdi Na minha dor eu quase morri O meu amor se foi Partiu para longe de mim E agora, o que eu faço? Nunca mais vou conseguir dormir. (Jo Paim) ®

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Eu sei que vou te amar


Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar.

E cada verso meu será
Prá te dizerque eu sei que vou te amar
Por toda minha vida.

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
o que esta ausência tua me causou.

Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu por toda a minha vida

(Vinicius de Morais e Tom Jobim)

Soneto da Fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento, antes
e com tal zelo e sempre e tanto
que mesmo em face do maior encanto
dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
e em seu louvor hei de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão fim de quem ama.

Eu possa dizer do amor (que tive)
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure.

(Vinícius de Moraes)

Indelével Amor


Assim como o vento castiga as flores
A solidão alimenta dores

E assim como o tempo corrompe as cores
A distância sufoca amores

Mas o beijo de amor é eterno
Da primavera ao inverno
Como eterno é o Amor
Indelével e sempre terno
Ao abrigo da chuva e da dor

Do outono e do verão
Vive lá no coração
Nosso indelével Amor

(Raí Mendonça)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A paz que eu procuro

O amor não é só loucura. O amor também pode ser paz. A paz de quem procura Um sentimento capaz. O amor também é segredo Segredo de querer sempre mais Abrandar a alma e sossegar o medo, Buscando sempre um sentimento de paz. O amor pode ser presente ou castigo Só depende de quem o traz Da forma como o conduz E de como lhe satisfaz. O meu amor é perfeito Porem é perfeito demais, E tanta perfeição não lhe cabe Deixando-me sempre em busca da paz. (Jo Paim) ®

Com Fusão

Sangue sua, Gira Mundo, Canta galo. Vida Corre, Tempo corre, Gente passa. Sem pensar, Toda vida, Num instante... Sua sangue, Mundo gira, Galo canta. Vida Corre, Tempo corre, Gente passa. Se, em tudo, Nada encontro, Me confundo... Nasce gente, Morre gente, Neste mundo. (Jo Paim) ®

Cacos

Nos cacos de um coração quebrado, Vim um dia a me cortar, Gritei de dor, mas consolei-me, Ao ver que aquele coração, coitado, Sofria muito mais e calado. (Jo Paim) ®

terça-feira, 10 de julho de 2007

Ritual do sono

A calma paira sobre ele, um corpo frio e pálido, O sono profundo o envolve, Ele dorme. A poeira não ó cega, Nem a tempestade o atinge, Ele apenas dorme. Pela janela o vento faz das gramas altas ondas e os lírios navegam por entre elas, É o ritual do sono. Eles sabem porque ele não sonha. Ele apenas dorme o sono eterno dos Deuses. Em sua face, Não há mais dor nem sofrimento. Só há brandura. Ele dorme e os outros choram. Em cada soluço uma lágrima, Em cada lágrima uma saudade, ... Mas em tudo, a certeza do reencontro... (Jo Paim) ®

Fogo Ardente

Nas chamas d´um amor ardente Queimei minh´alma tão profunda Que agora de saudades Olha a vida sem ternura. Este fogo que estende Neste mundo amarguras Queima almas, queima vidas Queima tudo e não se prende. Sai correndo estrada afora Sem clemência, sem ter mora, E depois que tudo queima, Parte avante sem demora. (Jo Paim) ®

Borboleta feliz







Linda, delicada e feliz...
é assim que te vejo
Mais ainda te desejo
Sonho que eu sempre quis ...

Chego a sentir o calor
Do teu corpo acetinado
Doce pecado desejado
E sonhado com ardor...

Amor, paixão e loucura
Bocas em louca procura
Doçura, sabor de ternura

Meu coração que te ama
Batendo, parece que chama:
Josana, Josana, Josana...

(Raí Mendonça)