Conjecturas sobre o amor.
Precisei de uma existência para descobrir que o amar e o querer não devem necessariamente fazer parte de uma mesma história. Descobri que o querer pode não estar associado a um sentimento mais profundo e pode não culminar em uma existência comum. Assim como o amar não obriga a um final feliz. Descobri também que o amor pode ser bem cruel, mas que não é necessário sofrer por causa disso. Pode-se perfeitamente aceitar a vida como ela é e, fazendo de cada obstáculo uma ponte para a realização de muitos outros sonhos, ser feliz. Ouvi em algum lugar que “a dor é inevitável, mas o sofrimento opcional”. Achei muito estranho não relacionar uma dor a um sofrimento, mas descobri que isso é perfeitamente possível, quando entendi que a resignação não é um fator negativo na personalidade de uma pessoa. Pode-se perfeitamente se resignar da sorte e ser feliz por viver ou ter experimentado algo de que se sente muita falta. Acho que a essas conjecturas se dá o nome de amadurecimento e amadurecimento era algo que não estava no script da minha vida. Pensei que poderia ser inocentemente feliz a vinda inteira, mas descobri que amadurecer é inevitável e bom, pois se aprende coisas que se leva para o resto da vida... ... “resto da vida” será isso o que o amadurecimento causa? O inicio do resto de nossas vidas? Bem, sinceramente espero que não, pois ainda não estou nem na metade do que pretendo viver. E, pensando em viver cada vez melhor, aprendendo não somente com os erros dos outros, mas principalmente com os meus próprios erros, espero viver essa “maturidade” forçada, de forma bastante coerente, evitando as reincidências dolorosas, já que optei por não sofrer. (Jo Paim) ®